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10 mitos e verdades sobre a gravidez

Azia tem a ver com a cabeleira do bebê? Grávidas sentem mais calor? Veja o que tem fundamento (ou não) nessas dúvidas frequentes das gestantes.

Por Manuela Macagnan (colaboradora)
Atualizado em 10 nov 2017, 15h59 - Publicado em 19 fev 2015, 15h21
Thinkstock/Getty Images
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É quase automático: basta uma mulher anunciar que está grávida para começarem as sugestões a respeito de como saber o sexo do bebê, a importância de satisfazer os desejos por comidas exóticas, as explicações para o fato de sentir muita azia e por aí vai… Com isso, a gestante recebe diversos conselhos, dos mais estranhos aos mais sérios. Ouvimos especialistas para desvendar o que é mito e o que é verdade quando se trata dessas crenças populares. Confira:

1. Azia significa que o bebê é cabeludo

Mito. A azia não tem nada a ver com o bebê ser cabeludo ou não. “Os hormônios da gravidez irritam o estômago, por isso a grávida sente uma queimação. E, no final da gestação, a azia é causada porque o estômago fica comprimido pelo bebê, que cresceu”.

2. Depois de uma cesárea, não se pode mais fazer parto normal

Mito. Dr. Zeno Morrone esclarece: “O ideal é que haja o intervalo de dois anos entre a cesariana e o parto normal, mas, passado esse período, não há problema. Quando a mulher passa por um parto cesariano, o útero é cortado e depois costurado. Esse intervalo de dois anos é importante porque, durante as contrações, o útero pode se romper e causar hemorragia interna”.

3. É arriscado fazer sexo durante a gravidez porque o pênis incomoda o bebê

Mito. As mulheres podem fazer sexo tranquilamente se estiver tudo normal com a gravidez. No entanto, o doutor alerta: “A relação sexual com penetração vaginal pode aumentar a atividade uterina, ou seja, aumentar a frequência das contrações. Esse fato, em algumas mulheres, pode desencadear o trabalho de parto prematuro se houver alguma patologia preexistente”.

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4. A mudança da Lua influencia o parto

Verdade. “Durante a lua cheia e a lua nova, existe uma força maior para o centro da Terra, o que aumenta a pressão pélvica e, consequentemente, as contrações”, explica Zeno.

5. O formato da barriga indica o sexo do bebê: barriga pontuda é menino e barriga larga é menina

Mito. “O formato da barriga depende do tamanho do bebê, e não do sexo dele e as únicas maneiras de descobrir o sexo antes de a criança nascer são o exame de sexagem fetal, que pode ser feito com oito semanas, ou o ultrassom, com 18 semanas”, completa o ginecologista.

6. Grávidas sentem mais calor

Verdade. “A grávida tem aumento da temperatura basal – que é a temperatura do corpo medida imediatamente após a pessoa acordar, antes de qualquer atividade física – de 0,5 a 1,0 ºC, o que a torna mais quente. O aumento da temperatura se deve à ação da progesterona, o hormônio que a placenta produz”.

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7. A mulher deve comer bastante canja e canjica e beber cerveja escura para ter mais leite

Mito. “Isso é um mito de muito tempo atrás, quando as mulheres, mesmo grávidas, precisavam pegar mais pesado nos trabalhos domésticos. As mulheres tomavam canja e tinham mais energia, daí surgiu a lenda. O importante é a mãe tomar bastante líquido (em torno de 2 a 3 litros diariamente). Pode ser chá, água, sucos e frutas”, conta o doutor.

8. Se a mãe não comer o que deseja, a criança vai nascer com a cara do desejo

Mito. “Isso é só mais uma crença popular e não faz sentido”, sentencia Zeno. “Os desejos são causados por hormônios durante a gestação. Nada acontece ao bebê se a mãe não comer o que deseja”, complementa.

9. As grávidas precisam comer por dois

Mito. “A grávida sofre um aumento de apetite por ação da progesterona, mas não precisa comer por dois”. Até porque é preciso ficar atenta ao controle do peso durante a gestação, com uma alimentação balanceada e saudável.

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10. Ficar sem comer aumenta o enjoo

Verdade. “O jejum aumenta a náusea e nem é preciso estar grávida para que isso aconteça”, ressalta.

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